quinta-feira, 24 de março de 2011



Música, meu amor... Naquele dia
em que senti teu coração gelar,
só a música soube aconchegar
um peito que em pedaços se partia...

Um banho refrescante de harmonia
lavou-me a alma, encheu de luz o ar,
e os sons em que enfim pude repousar
aqueceram-me a cama mais vazia.
Trompetes, trompas, flautas e oboés
derramaram-se em mim, como as marés
inundando de vida um areal...
E agora que me cravas tuas farpas
o meu corpo devolve-tas em harpas,

que a música dissipa todo o mal.

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